LEIS DA COMUNICAÇÃO ESPÍRITA
IRAN RÊGO *
Três leis do Plano Espiritual foram passadas a Allan Kardec, pelos Espíritos Superiores, leis essas feitas pelo Criador como imutáveis e inalteráveis, como regras universais.
A primeira delas é a Lei das Atrações e da Correspondência, que diz que as vibrações atraem vibrações similares vinculando as almas ou espíritos. É o que chamamos vulgarmente de simpatia. Os simpáticos se atraem. Tudo vibra no universo e tudo que vibra, irradia luz, que tem expressão na física de Força e Trabalho.
A escala ascensional comporta planos sucessivos e superpostos; a cada um deles os espíritos são dotados do mesmo estado vibracional e por isso se reconhecem mutuamente. É o que se chama afinidade. Os espíritos inferiores desconhecem os Planos Superiores.
Cada espírito desencarnado ou encarnado possui, conforme o seu grau de adiantamento e pureza, uma irradiação cada vez mais rápida e, portanto, emite luz mais intensa e luminosa.
Para se comunicar conosco, o espírito evoluído deverá amortecer a intensidade de suas vibrações ao mesmo tempo que ativará as nossas, afim de fazê-las mais vibrantes, afim de haver compatibilidade de freqüência e assim acontecer a comunicação. Para ativar as nossas vibrações podemos auxiliar de três formas que são: meditação, concentração e prece sincera.
A segunda dessas leis é a lei da Harmonização de Vibrações e Pensamentos. Isto significa que em toda comunicação, os participantes deverão formar um complexo harmônico. Melhor dizendo, o Espírito, o médium e os assistentes têm que se intera- girem mutuamente para facilitar a comunicação.
Já analisamos o papel dos médiuns e dos espíritos, mas temos que enfatizar a participação da platéia, ou seja, das outras pessoas, encarnadas ou desencarnadas, que se encontram no recinto da comunicação ou da mesa mediúnica. Os pensamentos dos encarnados e desencarnados se cruzam e entrecruzam ao infinito, sem jamais se confundirem. As ondas cerebrais “caminham” no espaço universal.
Os espíritos, por estarem desencarnados, têm maior facilidade de reajustes e por isso eles participam com mais intensidade da comunicação. Podemos comparar com a água que em termos de ajustes é bastante maleável ao contrário do gelo, que apesar de ser água, está submetido a uma condição sólida, o que o torna de difícil acomodação. Já o vapor de água é altamente ajustável acomodando-se a qualquer situação. O vapor de água é o espírito, a água o médium e o gelo a platéia ou assistência. Os três formam o “complexo”de comunicação.
Quando a comunicação acontece dissemos que houve harmonia, ou seja, quando as vibrações do médium e do espírito se igualam, sem interferência dos assistentes ou platéia. Por isso é que as sessões mediúnicas devem ser feitas sempre com o mesmo grupo, para haver mais eficiência na comunicação.
Se não há harmonia, os pensamentos se anulam, o médium pode ter um mal estar, ficar ineficiente e não acontecer a comunicação, a não ser que Espíritos poderosos e evoluídos interfiram. É preciso dizer que, só o desejo de comunicar não é o bastante, é necessário, além da harmonia, autorização de hierarquias superiores e o espírito poder e querer se comunicar.
A terceira Lei é a da Atração Generalizada. A frivolidade atrai espíritos levianos, mas a prece do homem de bem, a súplica por ele dirigida aos Espíritos Puros se eleva e repercute nota por nota, ascendendo até elevadas esferas e, aí do infinito, descem sobre ele as ondas vibratórias, os eflúvios do pensamento eterno. O universo inteiro vibra sob o pensamento de Deus.
Portanto a mediunidade é sintonia e depende dos nossos tesouros morais e culturais para atrairmos os bons espíritos.
Diz o professor Allan Kardec: “Cada um somente pode dar o que tem, e recebe de acordo com aquilo que dá”.
*Médico cardiologista - espírita
Fonte : Livro dos Médiuns.Allan Kardec